lunedì 24 giugno 2013

O vomito do capitalismo


O capitalismo tem atraído financiamentos, ilusões de riqueza e felicidade, montanhas de dinheiro acumuladas nas mãos de poucos invisíveis, dor e precariedade na vida e nas pernas de outros invisíveis ... muitos ... cada vez mais. O capitalismo nos deslumbrou com grandes shows, com o ritmo circense do entretenimento a todo o custo, o que não diverte mais ninguém, a menos que não se finge descaradamente. O capitalismo nos enganou com uma abundância de shoppings, centros comerciais, com o desejo de possuir, de aparecer, para perder inexoravelmente o nosso ser. Depois ele nos oprimiu, na verdade tem oprimido desde o começo, mas percebemos isso tarde, e perdidos no turbilhão das ficções, muitas vezes fingimos que não seja assim. As manifestações no Brasil estão levando milhões de pessoas nas ruas e nas praças. Atenção: o Brasil não está em crise econômica, mas em fase crescente. O que é crescimento? Crescimento do capital, de especulação financeira, de grandes investimentos que irresponsavelmente deixam de fora áreas públicas: educação, hospitais, trabalho, transporte. Ou melhor, essas áreas são vendidas gradualmente para os interesses do capital que, sem escrúpulos, quer engolir tudo para engordar mais e mais lucro. Quem somos nós? Professores, estudantes, trabalhadores? Quem somos nós ... que confluímos e nos encontramos nas ruas das principais cidades para manifestar sem partido, sem bandeiras, sem siglas? Aquilo que o capitalismo não conseguiu engolir. Ou melhor, algo que não digeriu: a solidariedade, a felicidade, a humanidade, a esperança, o desejo de mudança, a intolerância com a proliferação de bancos, a insustentabilidade do "cheiro" dos fast-food. Ele não digeriu ..., sentado em seu comando sofá-cama mandando que as emissoras de televisão transmitam apenas os confrontos com a polícia "foquem as câmeras na fumaça, nas “bombas morais”, nas uniformes da polícia, colocá-los lá como peões para uma tabuleiro e depois lancem a jogada vencedora ... que è o choque. Mas, narrem isso com efeitos especiais para que as pessoas fiquem coladas nas telas da televisão. Insiram vozes preocupadas, assustadas e ansiosas para contar cada pequeno movimento deste confronto: sim ... um comentário ... como se fosse um jogo de futebol, uma final da Copa do Mundo ... quem avança e quem se retira, o atacante e o defensor. Reduzimos tudo a um conflito de fumaça, sensacional entre pessoas com e sem uniforme ... manequins! " Sim ... mas as pessoas não pararam ... manequins não somos mais ... não seremos mais. Desta vez as pessoas continuaram a ir para as ruas, para cantar, para olhar-se nos olhos e olhar nos olhos a intolerância com um sistema que nos não faz felizes, para olhar nos olhos de uma esperança comum, de futuro, de felicidade e de solidariedade. As pessoas se multiplicaram e abandonaram os próprios sofás. A população brasileira que, muitas vazes sofreu controle social através duma das suas maiores paixões ... o futebol, está olhando o futebol de maneira diferente, não só diversão e espetáculo, mas também risco de especulação, desperdício, interesses. Do Brasil e da Turquia, dois países em "crescimento econômico", provêm os ventos da protesta, porque esse crescimento gera insatisfação, frustração: assim não cresce a cultura, não cresce a solidariedade, e não cresce nossa condição humana.

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